Não se passando mais que 50 segundos meu rumo tomou-se novamente, tomando distância do rapaz que ficava pequeno com a distância que o ônibus tomava. Imagino que este rapaz estava aflito mas seu rosto não mostrava preocupação familiar nem mesmo financeira pois o bairro mesmo não sendo de alta classe, também não era de baixa, penso que tratava-se de questão amorosa, pois sua expressão mostrava uma fraqueza, mas não fraqueza física de músculos e sim de impotência diria até que de derrota. Acredito que ele olhava o céu de tal forma tentando resolver as equações de sua vida, buscando respostas, como te-la de volta? Como evitar as brigas? Como mostrar para a moça o a falta que ela faz?
Logo após imaginei que a questão poderia então ser mais complicada, daí a angústia do rapaz, em um instante de paixão ele se declara para ela mas consumido por suas dúvidas sai antes de ouvi-la responder, agora num emaranhado de pensamentos, com todos seus demônios sob a balança ele imagina se isso foi um erro, se ela irá correspondê-lo, será que foi uma boa ideia?
Agora passando-se de meia-noite ele olha para o céu, com essa pressão misturada de medo, com remorso e esperança. Torço para que a resposta que ele não esperou ela dizer seja a esperada por ele, que os dois fiquem em fim juntos, para que seus temores se desfaçam diante do amor da moça, de modo que assim sejam os dois felizes.
Mas possivelmente ele seja apenas um rapaz entediado que por um breve momento olhava o para o céu, porém esta versão seria muito insossa para se imaginar.